Quando somos crianças, algumas doenças são mais comuns de serem contraídas: catapora, caxumba, sarampo. Mas uma praga, em especial, surge na cabeça de uma maioria, e se espalha tão rapidamente que é quase inevitável seu contágio: o piolho.
Esse parasita se alimenta do sangue de seu hospedeiro, que pode ser tanto o homem – nossas amadas crianças -, quanto os animais. Ele é menor do que oito milímetros e é tão conhecido que tem até uma participação especial na história da humanidade como uma das 10 pragas do Egito.
Normalmente encontrados nas cabeças das crianças que frequentam escolinhas (em constante contato com os colegas) o piolho não tem prevenção específica. “E não há idade certa para eles aparecerem”, afirma Anna Paula Braga, catadora oficial de piolhos.
Ela analisa em média 70 cabeças por dia em uma simpática casinha no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Tudo isso com a ajuda de mais duas mulheres, uma delas mãe de Anna – Marli Braga, dona e idealizadora do negócio.
A cada hora de trabalho é cobrado R$ 60. Mas tudo depende muito de como está a cabeça do cliente – criança, adolescente ou adulto – podendo chegar casos de até quatro horas de trabalho contínuo. “Eu retiro manualmente as lêndeas [ovinhos], fio por fio, sem uso de qualquer medicamento ou outro tipo de produto. O trabalho é artesanal mesmo”, conta Anna. A especialista ainda ressalta que o uso de medicamentos nem sempre é a melhor opção. “A aplicação de remédios para combatê-los pode criar uma dermatite”, alerta.
Não precisa ter vergonha de procurar ajuda. Para quem não sabe, piolhos não são sinônimos de falta de higiene. “Ele gosta de cabeça limpa, para poder se expandir mais rápido. Mas é na cabeça suja ele provoca os machucados”, esclarece Anna. Não tratar pode acarretar mau desempenho escolar por causa da coceira, noites mal dormidas e, nos casos mais graves, até anemia.
A doença causada pelo bichinho é chamada de “pediculose” e é mais comum em crianças e mulheres. Diferentemente do que muitos pensam, ele não pula de uma cabeça para a outra. “As pessoas pensam que piolho pula, mas ele não pula nem voa. Quem pula é pulga”, diz Anna. A transmissão se dá por contato direto, como o uso compartilhado de bonés, pentes e escovas de cabelo.
A doença tem como característica principal a coceira intensa, principalmente na parte de trás da cabeça. Mas pode atingir também o pescoço e a região superior do tronco, onde se observam pontos avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos. Coçar alivia, mas pode ocasionar a infecção secundária por bactéria, levando inclusive ao surgimento de gânglios no pescoço. Eca.
A forma de caçar piolhos que a tia da escola ou a vovó faziam ainda é muito usado. Tanto que até existe salões especializados. Ana Paula de Freitas Braga é proprietária do Higienex (localizado no Rio de Janeiro) e chega ficar uma hora procurando piolhos e lêndeas, ovos de cor branca que dão origem aos parasitas e ficam grudados no fio, muitas vezes confundidos com caspas. “Esse é o tempo suficiente para retirar o piolho cuidadosamente, sempre com o cabelo seco”, diz.
Em casa, a alternativa para acabar com os piolhos é usar xampus à base de permetrina, substância que mata os bichinhos, e passar o condicionador com o pente. Como os piolhos permanecem na cabeça por dias, é indicado trocar mais vezes as fronhas, toalhas e roupas de cama, isso inclui a dos pais, pois muitas vezes as crianças dormem no quarto do casal.
“Também fazer uma limpeza geral nos bichinhos de pelúcia. Piolhos não voam, nem pulam. O contato ocorre quando a pessoa fica próxima da outra. Eles permanecem até três dias nos tecidos, por isso a criança pode coçar a cabeça novamente pouco tempo depois do tratamento”, explica. E com isso outra vez o estresse. O jeito é ter paciência e encarar com naturalidade, sem culpá-las.
Conforme a cartilha da Fiocruz, para a retirada das lêndeas é necessário fazer uma mistura de vinagre diluído em água na proporção 1 para 1 e seguir as orientações:
a) molhar um pedaço de algodão em vinagre (diluído em água na proporção de 1 para1);
b) selecionar 3 ou 4 fios de cabelo que estejam com lêndeas;
c) com a ajuda do algodão embebido em vinagre diluído em água, envolver os fios de cabelo (3 ou 4 no máximo) pressionando-os entre os dedos;
d) puxar lentamente no sentido da base do cabelo para a ponta e com a outra mão, segurar a base do cabelo para não machucar a criança;
e) trocar sempre que necessário o algodão, desprezando-o em um frasco com vinagre diluído em água para matar as lêndeas;
Para potencializar a eficácia deste tratamento, deve-se ferver os objetos pessoais, tais como: pente, boné, lençol e roupas.
Existe nas farmácias shampoos para piolhos e até kits completos que já vendem até o pente fio junto. Existe também comprimido que pode exterminar todos em uma só vez, mas pode em algumas crianças causar alergia. E existe um Spray Repelente de Piolho e Mosquito Ispirato, tem um cheirinho muito bom, que pode ser usado sempre antes de ir para a escola e quando vai brincar com outras crianças, veja os detalhes em: https://ispirato.wixsite.com/perfumes/repelente
Antes de você optar por produtos industrializados e PRINCIPALMENTE REMÉDIOS, contate um médico, NUNCA SE AUTOMEDIQUE SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA.
Referencia: vilamulher
Clinica Sette
Rua José Ferreira de Souza, 109 – Guarulhos/SP
fone 11 4803.7247
www.clinicasette.com.br