Números da IOF – International Osteoporosis Foundation revelam que a doença já atinge uma em cada três mulheres com idade acima de 50 anos.
Hoje, 20 de outubro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, doença caracterizada pela gradativa fragilidade dos ossos, decorrentes de diversos fatores como baixo peso, histórico familiar de fratura de fêmur, idade avançada, tabagismo, uso crônico de medicamentos a base de cortisona, entre outros.
Um estudo da International Osteoporosis Foundation na América Latina apontou que a incidência da doença no Brasil crescerá cerca de 32% em 35 anos, devido ao aumento da expectativa de vida da população. Dessa maneira, a prevenção feita pelo exame de densitometria óssea é imprescindível para combater esse avanço.
“O exame é simples, rápido e o paciente não sente desconforto algum. O aparelho consegue detectar locais de redução da massa óssea com excelente precisão o que contribui com o planejamento do tratamento de cada caso específico”, explica Dr. Marcelo Pinheiro da equipe de densitometria óssea da FIDI.
Estudo aponta que 50% das mulheres têm risco de desenvolver osteoporose
Recentemente, um estudo realizado por uma equipe de médicos da disciplina de Reumatologia da Unifesp/EPM – Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, com suporte de dados da Fundação IDI, desenvolveu o SAPORI (São Paulo Osteoporosis Risk Index). Trata-se de, um software que pode viabilizar o diagnóstico precoce de mulheres com propensão a apresentar problemas relacionados à osteoporose. Como base foram utilizados 8 mil exames de densitometria óssea realizados pela Fundação IDI em hospitais públicos de São Paulo com mulheres da região metropolitana, entre 2004 e 2007.
O software coleta informações como idade, peso, cor da pele, menopausa, fumo, fratura prévia e história familiar de fratura de fêmur. Para cada um desses fatores clínicos de risco é atribuído um peso de relevância, baseado em nossa população de mulheres. A partir desses dados, o sistema calcula um escore final que indica se a pessoa pertence ou não a um grupo de risco e se tem indicação de realizar o exame densitometria óssea.
Do total de exames realizados, constatou-se que 50% deles estavam normais, cerca de 30% já apresentavam osteoporose, enquanto 20% poderiam ter a doença, ao indicar a ocorrência de osteopenia.
“Além de representar um grande avanço no combate à osteoporose permitindo o diagnóstico e tratamento precoce, a ferramenta pode gerar uma economia na rede pública de até 50% nos gastos com exames de densitometria óssea, pois contribui com a diminuição do impacto socioeconômico de doenças relacionadas à baixa densidade óssea”, acrescenta Dr. Marcelo.
Dicas de Prevenção
1. Evitar quedas e acidentes domésticos. Pequenos acidentes podem ocasionar fraturas sérias em pessoas que têm tendência ou já estão em processo de osteoporose.
2. Fazer exercícios físicos.
3. Ter uma dieta equilibrada e rica em laticínios, peixe, vegetais verdes, legumes, frutas.
4. Tomar sol pelo menos por 15 minutos todos os dias. O horário recomendado é entre 11h e meiodia.
5. Evitar o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas.
6. A partir dos 45 anos, é importante medir a massa óssea por meio de exames de densitometria.
7. Na menopausa, converse com o ginecologista ou especialista em osteoporose sobre a necessidade de suplementação hormonal, cálcio e vitamina D.
8. Atenção com medicamentos de uso contínuo. O uso de medicamentos que estimulem o aparecimento de osteoporose, como corticóide, anticoagulantes, antiácidos, anticonvulsivantes, entre outros, podem requerer um tratamento preventivo contra a doença.
Alimentos que auxiliam no combate à osteoporose:
1. Leite: o Ministério da Saúde aconselha que adultos consumam de 1.000mg a 1.200mg de cálcio por dia. Um copo de 250 ml de leite contém 300mg de cálcio.
2. Derivados do leite: o iogurte, por exemplo, possui quase a mesma quantidade de cálcio que o leite e podem vir enriquecidos com vitamina D que previne a perda de cálcio dos ossos. Queijo também é uma boa opção. Alguns são feitos sem lactose, caso a pessoa sofra de intolerância a essa substância.
3. Salmão, atum, truta e sardinha: Esses peixes contêm grandes quantidades de cálcio e vitamina D, cálcio e ômega-3. Uma dieta rica nesses nutrientes e a prática regular de exercícios físicos previnem a perda de massa óssea.
4. Nozes, castanhas, amêndoas, pistache e amendoim: são ricos em ômega-3 e vitamina D. Por isso, pesquisas apontam que esses alimentos podem proteger os ossos.